domingo, 10 de abril de 2011

A Arte de Ser Sorrateira

Quando uma pessoa se torna mãe (ou pai) aprende-se que as coisas devem ser feitas com um jeitinho a mais. Que jeitinho?
O jeitinho sorrateiro.

Para mim, ser mãe, acabou se resumindo a andar na ponta dos pés, fazer um mínimo de ruídos possível e querer esgoelar qualquer um que fizer barulho na menor frequência audível. Isso, porque tenho um filho que não acha que dormir seja algo extremamente necessário; ele tem 8 meses e não tem muita noção de mundo, mas dormir não é a atividade de maior preferência dele.
Então, cada sonequinha de 5 minutos é um "aleluia" e, apesar do que todos sempre me disseram, eu não aproveito para dormir quando ele está dormindo. Eu durmo de madrugada!
Então, ao escrever isso, percebi o quanto ele é meu filho: eu, inconscientemente, digo que dormir é perda de tempo; ele, faz o mesmo.
Por isso, cada vez que consigo fazê-lo dormir, ando na ponta dos pés, coloco ele no berço da forma mais delicada possível e, a partir daí, é quase impossível saber por onde passo; eu quase flutuo para não fazer barulho e vou me esgueirando para desviar dos obstáculos pela casa.
Mulheres - mães, principalmente - entendem que, quando uma criança dorme, todo cuidado é pouco e todo ruído é demais; homens - mesmo os que são pais - não.
Meu pai, por exemplo, ainda não aprendeu que não se deve entrar em casa, abrindo as portas, estrondosamente; que, quando a casa está muito silenciosa, não se deve falar alto, ou gritar; e que - mesmo que se esteja assistindo o jogo mais importante do mundo! - não se deve gritar quando o bebê está mamando , e quase dormindo, ao lado.
Agora, não tem nada melhor - mesmo sendo acordada as 6h da manhã todo dia - do que ser acordada com um sorrisão!

Beijos para todos ;*