sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Amor

Para os amantes, a droga mais poderosa; os solitários, uma droga. Para os românticos, a mais linda fantasia; os amargurados, a desculpa mais amarga. Mas é para uma mãe que o amor assume sua forma mais pura, verdadeira e poderosa.

E é graças a ele que sei disso agora.
No dia 24 de Julho desse ano, às 6h50min da manhã, nasceu o Diego - que permite que agora eu diga com extrema sinceridade e nenhuma chance de erro - o amor da minha vida. Durante boa parte da minha gravidez, eu cheguei a me esquecer que estava grávida; não acreditava quando olhava para a minha (falta de) barriga. Acreditei que estava realmente grávida, nos dois últimos meses, quando minha barriga já estava enorme. Então, ele resolveu se adiantar um pouco...
Por ele, sofri dores horríveis, fiquei com uma baita cicatriz na barriga, perdi toda a musculatura que eu tinha na barriga, fiquei com uma enorme barriga após ter conseguido emagrecer um monte...
Por ele, parei de fumar, beber, evitei comer e beber certas coisas que não seriam boas para ele...
Por ele, fiz vários sacrifícios que, agora eu vejo, valeram a pena.
Agora, sacrifico minhas noites de sono, horas de refeições decentes, noites de festas; tudo para acalmá-lo, alimentá-lo, e simplesmente para ficar perto dele.
Tudo que nunca me preocupei em excesso comigo, me preocupo em dobro com ele. Será que está bem agasalhado? Será que está com frio? Ou calor? Não está com cólica? Será que tem febre?
Nunca fui a pessoa mais responsável do mundo quando se tratava de mim. Agora, sou responsável por um serzinho de pouco mais de meio metro que se comunica através do grito - porque, para mim, choro envolve lágrimas, e ele mantém os olhinhos bem secos! - e depende completamente de mim.
Mesmo tendo convivido com ele por pouco menos de um mês, já consigo entender como seria possível, por exemplo, uma mãe levantar um carro para salvar o filho. Só sendo mãe para entender mesmo o sentimento que se desenvolve quando se tem um filho. Por ele, iria até o fim do mundo; encararia o pior dos bandidos, e até levantaria um carro!
Antes do seu nascimento, meu pai brigava comigo por eu ser tão irresponsável; por não me preocupar com certas coisas. Agora, meu pai se orgulha ao dizer o quanto eu mudei pois, nas palavras dele "... ele suspira, e tu dá um pulo."
Durante os seis primeiros meses de gravidez, eu, às vezes, pensava no que teria acontecido se eu tivesse optado por abortar e nos vários possíveis "e se". Hoje, mesmo com as noites mal-dormidas, refeições corridas, seios doloridos, cicatriz e barriga, não me arrependo nem um pouco e fico feliz por não ter optado pelo aborto; por ter parado de usar drogas, de fumar e de beber para ter uma gravidez tranquila e ter um filho perfeito.
Agora, mesmo tendo um filho, continuo sendo a favor do aborto e do direito de escolha. Afinal, não é sempre que uma pessoa, ou casal, tem as mesmas condições que eu para te um filho. Às vezes, o aborto é a melhor opção para todos, inclusive a criança. Afinal, eu preferiria abortar a ter que criar um filho num ambiente de sofrimento e a falta do mínimo de conforto.

E fica uma das perguntas mais polêmicas já existentes:
A favor ou contra o aborto? Por quê?

Respondam se quiserem ;)

Kisses ;*

3 comentários:

  1. Oi Ana, que coisa mais linda é o seu filhote!! Parabéns pela coragem de levar adiante a sua gravidez e se permitir vivenciar esta experiência tão incrível. Ainda não sou mãe mas quero ser em breve e imagino que a gente nunca tem ideia do que é ser mãe até ser...
    Desejo o melhor na nova fase da sua vida que agora é muito mais completa!!
    Beijos, Suzana

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  2. Olá Aninha! Nossa que post, heim? Quantos sentimentos e histórias... Quanta força! Deve realmente ser uma mudança muito grande ser mãe e pelo visto você é uma mãe e tanto, que lindo! Parabéns pela sua escolha e que você sempre tenha consciência delas! ;o) Quanto ao aborto, posso falar por mim, eu sou a favor do aborto e acho que essa escolha deve ser feita com muita responsabilidade, consciência e informação. Beijo grande, papeleira Tereza.

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  3. lindo post Ana, eu nem acredito *-* tu mãe! É muito bom te ver assim. Acho que tu já sabe minha opinião sobre aborto, sim, eu sou a favor, por exatamente estes motivos que disseste, acho que é necessário estar preparada tanto psicologicamente, como ter uma boa condição de vida. Aproveita teu Diego! :D

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