quinta-feira, 23 de julho de 2009

Freezing to the bone

vovó encolhidinha do frio


É assim que eu me encontro no momento: congelando até os ossos. Minha localização?
Estou em São Francisco de Paula, visitando minha avózinha querida e tentando não ser uma neta desnaturada. Para a alegria de todos, trouxe a Mary Jane (minha rata) comigo.
Não lembrava como era pacífico por aqui. E isso é tão bom quando eu preciso. Pretendo começar a vir mais vezes para fazer festa com a galera e ficar quieta no meu canto por aqui.
Quando tudo que se precisa é de um refúgio, um local quieto para ouvir os pensamentos e meditar; quando se quer fugir do resto da humanidade, aqui é o melhor lugar para descansar.
Estou aqui desde ontem de noite, mas as vezes fico pensando que gostaria de ter vindo antes. Amanhã, já sairei da pacata cidade de São Francisco para voltar para a movimentada Porto Alegre.
Hoje, finalmente, conheci a "nova" Casa de Chá. Digo nova, pois não vou lá desde o Ano Novo, e foram feitas várias modificações tanto no ambiente, quanto no cardápio e no pessoal. Foi divertido.
O princípal motivo de eu ter vindo foi o infame "Galeto". Um ser que eu conheci na última vez que eu vim, numa festa de Ano Novo que fui com umas amigas. Não me lembro direito da tal criatura, mas dizem que ele está apaixonado por mim, e até chama minha mãe de "sogra". O motivo da minha vinda não é o rapaz em sí, mas a idéia de ter alguém interessado em mim e a vontade que eu tive de ver o que aconteceria se nos encontrássemos. Infelizmente, ele não apareceu por lá, e, provavelmente, vai morrer de desgosto ao saber que eu passei por lá e ele não me viu. Mas a ida à Casa de Chá foi divertida. Comi a torta cuja receita foi encontrada por mim primeiramente, bebi o maravilhoso capuccino da minha mãe e mais uma tortinha salgada de quatro queijos com um molho branco com queijo divino. Depois, minha mãe entregou à minha vó um livro de Gabriel García Marques. Minha mãe deu uma olhada na primeira frase do livro: " 'Pela primeira vez, vi um cadáver.' Que belo jeito de começar um livro! exclamou ela." Ao ouvir isso, rapidamente peguei o livro. Enquanto minha vó decidia voltar para casa, resolvi ficar mais tempo na casa de chá, lendo. O livro é todo em espanhol, mas não tive muito dificuldade para lê-lo. Não sei quanto tempo se passou enquanto estive lá, mas fui devorando o livro. O livro se chama "La Hojarasca". Significa folhagem; no sentido figurativo pode ser promessas vãs ou palavreado supérfluo. O livro é todo contado em primeira pessoa, mas sempre mudando o narrador. O primeiro, é um garoto de algo em torno de 11 anos que é chamado pela mãe para ir ao funeral de um homem que ele mal conhecia, e cuja casa havia sido julgada abandonada pelo narrador. A primeira frase é dita por ele ao ver o defunto "Por primera vez he visto un cadáver." É interessante como ele descreve a impressão que teve sobre o morto, e como tudo que ele havia imaginado sobre cadáveres era completamente diferente do que ele via naquele momento. O segundo narrador a aparecer é Isabella, mãe do menino, até agora, sem nome. Ela, ao contrário do menino, sabe exatamente quem é o tal homem e porquê ninguém além dela, seu filho, seu pai uns ajudantes dele apareceram. Ainda não sei se há mais narradores.
Ontem, consegui uma façanha que vou repetir hoje: fumar dentro do quarto e não deixar
nenhum cheiro para minha vó reclamar.


Amanhã, eu e Mary Jane enfrentaremos uma longa e cansativa viagem de ônibus até Porto Alegre.





See ya guys! ;D








Freezed kisses! ;*

2 comentários:

  1. a ana tb gosta da vida no campo! o/
    adoro vovós, principalmente a minha ;p

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  2. no começo achei o título da minha postagem um pouco forte demais, mas como poucos sabem da história decidi deixar ;p

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