quarta-feira, 3 de junho de 2009

Absolutamente nada...

Talvez nunca tenha estudado, ou me esforçado tanto para o mesmo, em uma só tarde. Agora sei o porquê. Nunca fui uma aluna muito aplicada e sempre fiz apenas o mínimo para me mostrar a par da matéria. Por isso, cada vez que vou tentar estudar (sem muito esforço), não dura muito tempo e este "estudo" não resulta em nada. Nunca fui de ler textos e sublinhar o que era mais importante. Agora, estou fazendo isso. Gastando minha caneta vermelha, vou sublinhando linhas e mais linhas, mesmo não tendo absorvido nem metade de seus conteúdos. Este último fato deve-se a minha hiperatividade.
Em meio a paradigmas e sintagmas, dicotomias, sincronias e diacronias, vou conhecendo Saussure e Chomsky, e, ainda assim, não sabendo nada sobre eles e o que eles tanto estudaram. Talvez, se me conhecessem, iriam pensar que foi perda de tempo e que deveriam ter saído mais, bebido mais. Talvez tenham o feito. A realidade é que, incrivelmente, estou começando a me interessar por eles. Não sei se é um interesse sincero, ou se é apenas para não ter que repetir a cadeira da professora Jane no próximo semestre.
Logo no começo deste semestre, antipatizei com a professora à primeira vista. Como toda boa professora, não gostei dela por nos forçar a ver o quanto realmente sabíamos. Agora, no final do semestre, quando estou (acho) quase rodando na cadeira dela, comecei a admirá-la. Vi como era uma boa professora e decidi não reconhecer isso tarde demais.
É graças ao esforço tremendo que estou fazendo para tentar estudar que agora sei a diferença entre língua e fala, que sei o que é uma dicotomia, que sei quem foram Saussure e Chomsky e o que eles estudaram e porque eles não se opõem e porque suas teorias se complementam. Mesmo assim, é bem possível que, daqui a dez minutos, eu não me lembre de mais nada do que eu tenha lido e "aprendido". Mas, contra todas as minhas certezas, também sempre tem um resquício de esperança de que eu tenha guardado alguma coisa desta leitura confusa e possa, agora, me manifestar na aula. Agora, o problema nisso será se a professora resolver me forçar além do que eu acho que eu sei e eu for insistente o suficiente para me fazer acreditar que eu realmente não sei...

Será que sei, ou que não sei... Eis a questão...

2 comentários:

  1. Sabe! Tanto que respondeu muito bem lá na frente! Parabéns, Ana! xD

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  2. se esforçou afú 8D

    valeu a pena ler aqueles poligrafos idiotas >D

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