segunda-feira, 25 de maio de 2009

Love...Pain

O que fazer quando a pessoa que, por natureza, deveria te amar, simplesmente parece querer se livrar de ti e não parece fazer questão nenhuma de demonstrar algum carinho sequer?
Sempre deixei bem claro, a todos a minha volta, que eu não gostava de minha mãe. O problema é que isso é uma mentira. Muitas vezes, gostaria de poder odiá-la. Algumas vezes consigo, mas não é sempre. O problema é que, por mais que ela me trate mal e não demonstre qualquer tipo de carinho ou interesse em mim, eu sempre acabo tentando ir atrás dela em busca de algo que eu sei que ela não vai me dar; vou em busca de alguém que ela não é: minha mãe.
Durante toda minha adolescência, via minhas colegas e meninas da minha idade felizes com suas mães amigas e companheiras e ficava pensando: "Por que a minha mãe não é assim? Por que ela não pode ser assim?" ela boicotou toda e qualquer tentativa que eu fiz de nos aproximarmos e qualquer possibilidade do mesmo. Ela sempre teve o dom de acabar com a minha felicidade com apenas uma palavra, ou até com sua simples presença.
Cresci e ela continua a mesma. Fria, cínica, falsa, mentirosa, hipócrita e o mais longe possível de qualquer definição da palavra "mãe". Para mim, pelo menos. Pois parece que, para o meu irmão, ela é a melhor mãe que tem, afinal, ele sempre defende ela e vice-versa. Agora, e eu? Quem me defende? A quem eu posso recorrer quando preciso de ajuda? Meus amigos. Meus queridos amigos. Todos aqueles que me conhecem melhor que ninguém, melhor que minha própria mãe. Ela sempre reclamou que eu dava mais valor às amizades do que à família. Mas como eu poderia fazer isso, quando a minha família nunca me apoiou e, ao primeiro sinal de problema, me mandava embora?
Sei que estou parecendo me fazer de vítima, e talvez esteja, mas é assim que eu vejo as coisas com minha mãe. Aprendi isso com ela. Me fazer de vítima... É extremamente desagradável pensar que, uma das poucas coisas que aprendi com ela, seja uma das coisas que eu mais odeio quando faço e quando outros fazem.
Cada vez que eu ouço alguém dizer que sou parecida com ela, me sinto triste e com muito ódio. Odeio ela. Não odeio. Queria poder odiá-la.
Apenas queria que ela fosse minha mãe.
Às vezes, fico pensando se não fui adotada. Talvez me tranqüilizasse mais se fosse. Entenderia melhor, talvez.
Mencionei tudo isso pois amanhã é aniversário dela, e eu irei jantar com ela. E não sei se realmente quero fazer isso, pois tem muita chance de a noite ser arruinada com alguma coisa. Só de pensar nela, fiquei completamente deprimida e comecei a surtar.

Estou completamente confusa e só quero que esses dias passem logo e que chegue logo quarta-feira...

4 comentários:

  1. aahhh a quarta-feira!

    queria conhecer a tua mãe 8D e dar uma palestra de comportamento e ética pra ela ;p

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  2. Tava esquisita mesmo hj...Querida pode contar cmg pra tudo e qualquer hora pra flr sobre qualquer coisa..pelo pouco tempo q nõs conhecemos t gosto!
    Ágatha

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Concordo contigo, Ana! xD E são os amigos, como tu, que me fazem continuar! xD

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